1ª FASE: ESCOLA ARTESANAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (1956 a 1963)


A Escola profissionalizante, pertencente ao Governo do Estado de São Paulo, vinculada ao Departamento do Ensino Profissional e à 11ª Inspetoria Regional do Ensino Profissional, foi instalada na cidade de São José do Rio Preto em vinte e quatro de abril de 1956, como Curso Prático do Ensino Profissional. Criado pela Lei Estadual nº 77, de 23 de fevereiro de 1948, que dispunha sobre a criação de cursos práticos do ensino profissional no interior do Estado de São Paulo.

O Curso Prático do Ensino Profissionalizante foi instalado no dia 24 de abril de 1956, na Rua Antonio de Godoy, nº 3564, Centro, mas seu funcionamento só foi possível em 04 de junho de 1956. No mesmo ano, foi transformado em Escola Artesanal pelo Decreto nº 26417 de 14 de Setembro de 1956, publicado no Diário Oficial de 15 de Setembro de 1956, permanecendo em funcionamento até o ano de 1963.

De acordo com os registros escolares, a organização inicial da Escola Artesanal era constituída pelo diretor, uma escriturária, dois funcionários e nove docentes.

A Escola Artesanal tinha como objetivo proporcionar base de cultura geral e iniciação técnica que permitiam ao educando integrar-se na comunidade, e participar do trabalho produtivo ou prosseguir seus estudos, como também preparar o jovem para o exercício de atividade especializada de nível médio. Destinava-se aos jovens de pelo menos 12 anos, com base de conhecimentos elementares e com interesse em preparar-se para ofícios qualificados (masculino), e preparação para as responsabilidades do lar e melhoria dos padrões de vida familiar (feminino).

Os cursos oferecidos no período diurno, das 12h30min às 17h30min, eram de “Ajustagem Mecânica” (masculino) e “Economia Doméstica” (feminino), podendo inscrever-se candidatos com mais de 12 anos e menos de 17 anos. A duração desses cursos era de dois anos.

Já no período noturno, das 19h30min às 22h30min, os cursos estavam distribuídos em “Extraordinário de Iniciação”, “Continuação” e “Complementar”, podendo inscrever-se candidatos com mais de 14 anos não se limitando o máximo de idade. Encontravam-se divididos, nos três cursos, em salas femininas e masculinas com duração de dois anos.

A seriação das Disciplinas de Cultura Geral tanto para o feminino como para o masculino era, inicialmente, composta por Português e Matemática a partir de 1962, houve alteração no currículo, incluindo as disciplinas de Ciências e de Educação Artística para o diurno, e somente Ciências para o noturno.

Quanto à Cultura Técnica de Ajustagem Mecânica (masculino), a seriação era formada por Desenho Técnico, Tecnologia e Ajustagem Mecânica. Para a Cultura Técnica de Economia Doméstica (feminino), a seriação era formada por Aproveitamento de Quintais, Enfermagem, Puericultura (estudo dos cuidados com o ser humano), Higiene, Arte Culinária, Trabalhos Manuais, e para a Cultura Técnica de Corte e Costura (feminino), era Desenho, Tecnologia, Corte, Costura e Bordado.

Quanto ao programa, este era elaborado pelos professores de cada matéria isoladamente. Não havia o cuidado de um entrosamento a respeito das matérias. Cada professor ministrava suas aulas de acordo com um plano que mais convinha com os objetivos do curso. Predominavam as aulas práticas, vindo assim ao encontro da finalidade do curso, preparação dos jovens para ofícios qualificados e para as jovens, a preparação para as responsabilidades do lar e melhoria dos padrões de vida familiar.

A partir de 30 de abril de 1963, a Escola Artesanal recebe nova denominação, passando a se chamar Escola Industrial.