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Patrono

Inventário do Patrono da Etec Philadelpho Gouvea Netto

Prefeito eleito com expressiva votação, por duas vezes consagrado nas urnas de São José do Rio Preto. Nascido em Dois Córregos, Estado de São Paulo em 01/11/1903 e falecido em São José do Rio Preto em 11/01/1966, filho do médico Dr. João Gouveia e de Sra. Floriana Gomes Gouveia. Formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP/SP) em 1928 e veio no ano seguinte para Rio Preto. Elegeu-se prefeito pela primeira vez em 1951 (para o mandato de 1952 a 1955). Eleito pela segunda vez em 1959 (para o mandato de 1960 a 1963). Suas principais obras, nas duas gestões, foram: a conclusão das obras do Palácio das Águas (ETA) e a construção da primeira Represa Municipal. Foi, ainda, procurador judicial da Prefeitura de 1944 a 1955 – cargo equivalente ao de secretário de negócios jurídicos; presidente da OAB/22ª Subseção de 1951 a 1953; primeiro secretário de 1941 a 1945 e segundo secretário de 1945 a 1947; presidente da Rádio PRB oito de 1938 a 1954 e do Rio Preto Esporte Clube de 1941 a 1942. Professor da Escola Técnica D. Pedro II, presidente municipal do PSB em 1958, um dos fundadores da Associação Lar de Menores, em 1951. Após o falecimento do Philadelpho Manoel Gouveia Netto em 11/01/66, o jornalista Leonardo Gomes publicou em A Notícia, jornal de Rio Preto da época:

O dia de ontem foi um dia de tristeza, de emoção, e de respeito em Rio Preto. É dia de íntima e delicada vibração popular. O Dr. Philadelpho vivia de há muito na reverência, na estima alma popular rio-pretense, porque era antes de tudo bom. Bom para os seus, para os outros, para todos. Esse atributo divino aliado à inteligência, à cultura e à probidade, que possuía em alto grau, fez dele um homem que tinha de entrar no coração de todos. E que entrou mesmo, vimo-lo ontem estampado nas faces compungidas de milhares rio-pretenses que lhe foram dizer o último adeus. Sem distinção de classes, ou raças, de posições sociais ou econômicas. Foi Rio Preto que sentiu, uno, inteiro, integral, o passamento do ilustre homem público. Sem exceções – porque ele só sabia fazer amigos.”

Em carta enviada por e-mail à professora Jurema Rodrigues em 29/05/2012, Luis Henrique Domingues Gouveia, neto do patrono, relata a história do conceituado avô:

“Venho com muito orgulho discorrer um pouco sobre a vida de meu avô, PHILADELPHO MANOEL GOUVEIA NETO, nascido em Dois Córregos, Estado de São Paulo, em ocasião de uma visita à casa de parentes realizada pelos seus pais, pois estes eram moradores de Feira de Santana – BA. Já moço, partiu de Feira de Santana – BA, onde morava com os pais, para estudar direito no Largo De São Francisco (USP/SP). Na década de 1930, veio a São José do Rio Preto, SP, nomeado delegado de polícia. Durante sua gestão, enfrentou a revolução de 1932. Após alguns anos, conheceu minha avó, Celeste Maria de Almeida, filha do Capitão Faustino Correia de Almeida, a qual pediu para ele renunciar ao cargo de delegado para exercer advocacia, e como bom namorado assim fez. Mais tarde casou, teve seis filhos, três mulheres e três homens. Todas as filhas fizeram magistério, dois filhos medicina, outro filho advocacia. Geralmente em sua casa, falava francês, na época era a segunda língua oficial como hoje é o inglês, para que seus filhos dominassem o idioma. Era culto, falava cinco idiomas, professor da escola de Comércio de São José do Rio Preto, prefeito desta cidade por duas vezes. Entre suas principais obras, destacam-se a construção do Palácio das águas que até hoje é responsável por mais de 60% da água consumida em São José do Rio Preto, o primeiro Pronto Socorro de São José do Rio Preto, o asfaltamento de diversas avenidas e ruas além da canalização da Represa Municipal, a construção do Zoológico Municipal entre tantas obras. Para sempre um bom prefeito e, antes de tudo, excelente pessoa. Faleceu em 1966.”

Recebe o seu nome em sua homenagem, a Avenida que margeia o rio Preto, Avenida Philadelpho Manoel Gouveia Netto em São José do Rio Preto em 14/01/66, e a Escola Técnica de São José do Rio Preto “Etec Philadelpho Gouvêa Netto” em 18/02/67. Cabe mencionar que o nome de batismo oficial do Patrono é Philadelpho Manoel Gouveia Neto.